O objetivo da alteração seria feito para sincronizar os relógios com o tempo de rotação da terra. Porém, para algumas empresas de tecnologia, a mudança pode significar falhas nos sistemas.

Os horários oficiais dos países são controlados por relógios atômicos, considerados extremamente precisos. Entretanto, a rotação do nosso planeta sofre uma desaceleração gradual de aproximadamente dois milésimos de segundo por dia, cabendo aos cientistas do International Earth Rotation Service, com sede na França, acompanhar a rotação e ajustar o tempo, quando necessário.

Em 1972 foi adicionado o primeiro segundo. Este ano será a 26ª vez que isso acontece na história. Todas as alterações significam que a rotação da terra tem um atraso de 26 segundos em comparação ao tempo medido pelos relógios atômicos.

Aparentemente um segundo não faz tanta diferença no cotidiano das pessoas, mas para as empresas de tecnologia, a mudança é um motivo de alerta. Em 2012 foi a última vez que uma alteração desse tipo foi realizada, fazendo com que serviços de empresas como Mozilla, Reddit, Foursquare, Yelp, LinkedIn, StumbleUpon, relatassem falhas. Programas desenvolvidos em Java e o sistema operacional Linux também apresentaram problemas.

O fato acontece porque muitos sistemas de computação usam o Network Time Protocol (NTP), para ficar em sincronia com os relógios atômicos. Os que não são programados para lidar com o segundo extra, acabam podendo ter o serviço interrompido por não reconhecer a alteração no relógio.

“Não é a primeira vez que isso acontece. As empresas já vivenciaram isso antes e tiveram tempo para se preparar. Basicamente, todos os programas operacionais já possuem um protocolo de ajuste de tempo,” disse Antônio Carlos Morim, coordenador de Pós-graduação de Inteligência Competitiva e Marketing ESPM-Rio.

Desde 1999, a adição do segundo só aconteceu quatro vezes.

Fonte: Science Daily

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